Diferentes processos de impressão com matrizes são aplicados em escala industrial com excelentes resultados. É fundamental conhecer os métodos, a diferença entre eles e suas possibilidades para escolher qual solução de impressão utilizar.
Cada um dos métodos de impressão tem uma vantagem bem específica. Por isso, na hora de determinar o processo ideal, primeiramente considere o tamanho da impressão e a superfície onde ela será aplicada. Analise também o substrato que receberá a impressão: qual é a sua matéria-prima? O formato? Suas dimensões? Examine ainda as principais características da impressão: qual o número de cores? Qual é o tamanho e o formato da legenda?
Com essas informações em mãos, reflita sobre a tiragem ou o volume de produção necessário porque, dependendo da quantidade, um processo pode acabar sendo mais vantajoso que outro.
É importante destacar a importância da matriz de impressão para o offset, serigrafia, tampografia, hot stamping e heat transfer, afinal, ela detém a legenda, imagem, arte final que será impressa. Por exemplo, caso haja um erro na matriz de impressão, esse será reproduzido em todas as peças.
A seguir, vamos explorar os diferentes métodos de impressão, suas origens, principais características e aplicações. Acompanhe:
Offset
O offset é o método mais tradicional da indústria gráfica. O processo imprime em todos os tipos de papéis, inclusive em alguns filmes plásticos e, por isso, é muito utilizado para grandes e médias tiragens com fins editoriais (livros) e, também, para impressão de cartazes, folders, panfletos, folhetos e revistas.
A origem da impressão offset remete à litografia, um processo de transferência direta de tinta para o papel por uma pedra de calcário plana. Mas, diferente da litografia, o offset é um processo indireto: o sistema, criado em 1875, por Robert Barclay, na Inglaterra, substituía a pedra da litografia por um cilindro metálico e realizava a transferência da tinta de forma rotativa.
Em 1904, Washington Rubel e Caspar Hermann inovaram o método através da inserção do cilindro de contrapressão, e, também, da substituição do rolo metálico por um de borracha que transmite a tinta para a superfície a ser impressa.
As máquinas de offset funcionam da seguinte forma: a transferência da legenda ocorre de uma superfície para outra por meio de uma terceira superfície. No caso do offset, o cilindro chapa (primeira superfície) passa a tinta para um cilindro blanqueta (segunda superfície) que a transfere para o papel (terceira superfície).
Um dos princípios mais importantes do offset é bem simples: água e o óleo não se misturam. Como a tinta utilizada é bem gordurosa, a água, presente no cilindro de molha funciona como repelente. Ou seja, a tinta não será transferida onde tiver água na circunferência do cilindro de chapa.
Fazendo um paralelo com a tampografia, o cilindro chapa é equivalente ao clichê tampográfico, e o cilindro blanqueta tem a função correspondente à do tampão.
Serigrafia
A serigrafia – ou silkscreen ou, ainda, serigraphy – é um método de impressão direto capaz de imprimir em tecido, plástico, papel, metal, cerâmica, vidro, madeira e outros substratos. O processo se dá através de uma tela permeável, também conhecida como matriz serigráfica. Essa tela funciona como um estêncil, uma espécie de máscara que veda áreas onde a tinta não deve atingir o substrato, e é permeável nas áreas que a tinta deve atingi-lo.
A técnica do estêncil remonta aos antigos egípcios e gregos, mas o processo serigráfico como conhecemos surge na China do século III. Os chineses utilizavam telas fabricadas em seda, daí a origem do termo serigrafia que é junção dos termos gregos: sericos (seda, em português / silk, em inglês) e graphos (em português) ou graphy (em inglês).
Alguns séculos se passam, e a serigrafia se populariza no mundo todo. Ao longo desse período, diversas inovações tecnológicas foram assimiladas como o método de espalhar a tinta com rodo de borracha, a fabricação de telas com materiais sintéticos, novas tintas e outros.
Para realizar uma impressão serigráfica, a confecção da matriz de impressão é fundamental. Lembre-se de que a qualidade da impressão serigráfica está intimamente ligada à qualidade da matriz de impressão. Questões como a quantidade de fios utilizados na fabricação da trama da tela (feita geralmente de poliéster ou náilon) influenciarão diretamente na impressão.
Atualmente, o silkscreen é realizado através de equipamentos manuais e automáticos. Para pequenas e médias tiragens, o método é indicado para impressões de grandes dimensões ou com áreas chapadas, podendo ser aplicado em superfícies planas ou cilíndricas.
Tampografia
A tampografia é um método de impressão versátil e flexível. A sua origem não pode ser cravada a uma pessoa ou ano exato, mas as formas rudimentares desse método de impressão datam a mais de 200 anos atrás.
Hoje, tampografia é uma tecnologia bem estabelecida e abrange diversas indústrias e aplicações. O processo é utilizado extensivamente em peças automotivas, brinquedos, ótica, calçados, peças de vestuário, aparelhos eletroeletrônicos, eletrodomésticos e brindes, entre outros.
O processo como conhecemos hoje tem suas raízes na indústria cerâmica para impressão de pratos, potes e outros, e também na relojoaria para impressão do mostrador dos relógios. Afinal, ambas as atividades necessitam realizar impressões 2D ricas em detalhes, com traços finos, em objetos 3D com qualidade, produtividade e repetitividade.
A popularização da tampografia se deve à capacidade de imprimir com qualidade em praticamente qualquer superfície: irregulares, côncavas, convexas e em degraus, cilíndricas ou mesmo planas.
A possibilidade de personalizar superfícies difíceis de imprimir popularizou a tampografia, que veio incorporando diversas melhorias, como o tampão de silicone e as tintas que viabilizaram a impressão em uma infinidade de substratos.
Na tampografia, a transferência de tinta é indireta de um clichê gravado, em baixo relevo, com o motivo a ser impresso para um tampão de silicone. Este colhe a tinta retida no baixo relevo e se move para depositar a tinta no substrato.
Hot stamping
Esse processo imprime de forma indelével – ou seja, permanente – e oferece, um brilho metálico a detalhes em embalagens de cosméticos, eletrodomésticos, brinquedos, veículos e outros. Com ele, é possível decorar, personalizar ou marcar objetos de plástico, couro, papel, madeira, metais envernizados etc. Normalmente, as impressões ou gravações são só de uma cor.
Com exceção do calor empregado nesse processo, dá para fazer um paralelo com a dinâmica das antigas máquinas de escrever. O termo em inglês hot stamping significa estampagem a quente e faz referência a dois componentes importantes do processo: o calor e a pressão. As máquinas de hot stamping trabalham com um clichê metálico, que é pressionado contra uma fita lisa e termossensível que, ao encontrar a superfície da peça a ser decorada, transfere o grafismo para ela.
De fato, o processo e os equipamentos de heat transfer é bem parecido com os de hot stamping. A principal diferença é que sua fita contém a imagem a ser impressa, diferentemente do hot stamping, cuja fita é lisa.
As imagens ou legendas de uma ou mais cores do heat transfer são pré-impressas através de serigrafia, flexografia ou, até mesmo, digitalmente.
Objetivamente falando, o heat transfer não necessita de um clichê ou matriz de impressão, uma vez que a fita já contém a impressão desejada. Em contrapartida, as máquinas precisam ser equipadas com um dispositivo de registro por fotocélula, que garante o perfeito posicionamento da legenda na área a ser impressa.
O heat transfer pode ser aplicado em diversos materiais, como plástico, vidro, cerâmica. Entre as aplicações típicas do processo estão impressões em mesas plásticas de bar, botons, brinquedos, canetas infantis, autopeças e outros.
Métodos complementares
A personalização em superfícies e peças de difícil impressão não seria possível sem a tampografia. O brilho espelhado das folhas de ouro e prata não pode ser alcançado de outra forma senão com hot stamping. A serigrafia assegura excelente cobertura de tinta para grandes áreas de impressão. Já o offset é indispensável para impressão de altíssimos volumes a quatro cores.
Tudo isso mostra que todos os métodos de impressão têm seus prós e contras e, mais do que isso, que são complementares e asseguram, se bem combinados, uma infinidade de soluções práticas para a indústria.
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