Oscar Flues e a história da tampografia
Conheça mais sobre a história da tampografia e sobre a empresa que trouxe a tecnologia para o Brasil.
Primordialmente, é importante destacar que a data exata de criação da tampografia está envolta em mistério. Entretanto há vestígios de mais de 200 anos do uso de uma técnica na Europa cujas primeiras aplicações, ainda uma forma rudimentar de tampografia, eram totalmente manuais. Elas envolviam tampões de gelatina utilizados para coletar a tinta de clichês gravados, também manualmente, em chapas de metal.
Assim, algumas fontes dão conta de que a tampografia, como técnica de impressão, tenha sido inventada na Inglaterra no final do século 19, quando teria sido adotada para imprimir desenhos na porcelana real da Rainha Vitória.
Em sequência, no início do século 20, em 1907, Oscar Flues chegou ao Brasil portando uma carta de recomendação para representar uma marca alemã da indústria gráfica. Pouco tempo depois, em 1911, ele funda a Oscar Flues, empresa de seu nome, como uma importadora de máquinas gráficas.
Consolidada no mercado brasileiro, a empresa diversifica seu portfólio quando, em 1973, importa as primeiras máquinas tampográficas alemãs. A marca Oscar Flues, assim, passou a se confundir com a história da tampografia no país.
Naquela época, entre as décadas de 1970 e 1980, a Alemanha já havia se consolidado como o epicentro do desenvolvimento da tampografia moderna, logo depois do surgimento das primeiras patentes alemãs, em 1965.
Na Europa, esse movimento de adoção da tampografia em escala industrial havia surgido duas décadas antes – nos anos 1950 –, na Suíça. Nesse período, a indústria relojoeira começou a usá-la para ornamentar detalhes em relógios. A adesão à técnica foi impulsionada pela substituição da gelatina dos tampões por um material muito mais moderno, eficiente e durável: o silicone. Isso porque a inovação tecnológica permitia acelerar o ritmo de produção com uma qualidade superior nas impressões, promovendo um salto significativo na história da tampografia.
Com a alta qualidade das máquinas alemãs importadas, a Oscar Flues foi responsável direta pela evolução do uso da tampografia no parque industrial do Brasil, especialmente a partir de 1980, quando fabrica suas próprias máquinas tampográficas.
Os primeiros modelos ainda eram mecânicos, mas logo foi possível adotar máquinas pneumáticas, de dimensões reduzidas e tecnologia mais moderna – além de um consumo menor de tinta, o ajuste de setup destes exemplares era bem mais rápido.
Assim, ela passa a desbravar novos nichos de mercado. De decorações em brinquedos, que caracterizaram carrinhos de polícia, de bombeiros e ambulâncias, a novos padrões decorativos em utensílios domésticos (pratos e potes para mantimentos) e até em rádios automotivos, a tampografia começou a mostrar toda a sua versatilidade no mercado nacional.
Boa parte da popularização da técnica foi possível a partir de 1978, quando a Oscar Flues se tornou a primeira na produção de tampões e clichês com tecnologia 100% nacional.
Para viabilizar economicamente o uso das máquinas, os primeiros gabaritos eram feitos em resina, evitando que os clientes precisassem custear os gabaritos em metal.
Os clichês também evoluíram ao longo dos anos. Os primeiros eram de aço temperado, mas hoje já são desenvolvidos com tecnologia flex e em nylon. Os moldes de tampões também se diversificaram: de apenas 60 tipos, há 40 anos, hoje a Oscar Flues oferece mais de 450 moldes diferentes.
Além da evolução tecnológica das máquinas e acessórios, a Oscar Flues também é responsável pelo desenvolvimento das tintas utilizadas na tampografia. Desde 1982, seu laboratório produz tintas especiais que proporcionam uma cobertura perfeita para a impressão tampográfica. O laboratório desenvolve ainda cores especiais e matérias-primas específicas para dar total suporte às necessidades de seus clientes.
Com mais de 110 anos de existência, a Oscar Flues se mantém como referência de qualidade, pioneirismo e inovação no mercado de tampografia do Brasil.
